Monday, December 31, 2007

Alunos do Colégio Assis Chateaubriand observam céu



Com objetivo de difundir a astronomia, o CAFS , Clube de Astronomia de Feira de Santana, o qual participo, realizou na última quinta-feira dia 20 de dezembro, sua última etapa em 2007 do projeto "De Olho no Céu". Desta vez o evento aconteceu na quadra de esportes do colégio Assis Chateaubriand, no bairro do Sobradinho em Feira de Santana - Ba. Foi mais uma atividade que visa a levar a astronomia às pessoas. A recepção dos alunos foi muito boa e descontraída. Mais de 150 alunos daquela instituição conseguiram apreciar o céu incomensurável, como por exemplo, alguns detalhes das crateras da Lua e não conseguiram conter os comentários diante da admiração. Contudo, a grande atração da noite foi sem dúvida Marte, nunca vista pela maioria dos observadores e que se destaca entre os outros planetas do sistema solar devido a sua cor avermelhada. O planeta vermelho se encontra muito próximo da Terra e pode ser visto a olho nu perfeitamente.Para muitos alunos, essa foi a primeira vez que observaram o firmamento através de um telescópio e puderam conhecer um pouco mais sobre o céu e a localizar algumas constelações, além de aprender os nomes delas.Toda a atividade foi orientada e coordenada pelos membros do CAFS que estiveram nesta bela noite de observação do céu.

Wednesday, June 20, 2007

A ilha da mídia


Reflexão sobre o filme A Ilha

1. Qual o papel do comunicador social como "construtor" de "ilhas" na sociedade atual. Como a organização da linguagem direciona o comportamento das pessoas (opiniões, discursos, interesses e consumo).

Moradores de um lugar utópico acreditam ser os únicos sobreviventes, após uma terrível contaminação que houve na Terra. Apenas um território, a ilha, é o único lugar descontaminado do planeta. O grande sonho desses supostos sobreviventes é serem sorteados, poder morar na ilha e viver felizes para sempre. Desde que chegam a nova casa, os sobreviventes são iludidos com essa história de morar na ilha, não sabe que na verdade irão para uma sala de cirurgia, quando sair dali, pois não passam de clones,cópias cujos órgãos serão doados para garantir a sobrevivência do seu “original”.


Não moramos em um lugar utópico como o do filme, mas desejamos conhecer ou ter ilhas. Esse desejo não nasce de uma hora para outra e de nós mesmos, mas sim de idéias, sugestões oferecidas pela mídia, movida pelo desejo capitalista de fazer as pessoas consumirem cada vez mais e acreditarem no que ela diz. As pessoas, vivem preocupadas com o status, em comprar os produtos oferecidos de uma forma fascinante pela publicidade. É incrível o poder que a mídia tem de formar ilhas no pensamento das pessoas. Para isso utiliza vários artifícios que podem agir sobre o comportamento. Ofertam o paraíso e a ascensão social de maneira contínua e intensa, fazendo o indivíduo acreditar que pode aceitar tal oferta e alcançar aquilo que passou a desejar apenas porque foi apresentado ou valorizado pela mídia.


O principal mecanismo psicológico utilizado pelos comunicadores sociais é o da persuasão, uma tentativa de convencimento que ultrapassam ou não as alicerce racionais da transmissão de uma mensagem. Quando é utilizado apenas os alicerces racionais para alcançar o receptor da mensagem, procura-se atingir o plano de sua consciência para que ele possa verificar se a informação disponível é ou não importante para ele. Utilizam-se nesse caso informações objetivas que possa garantir a sua veracidade, como acontece, por exemplo, nos telejornais. No entanto também é utilizado os recursos de alicerces irracionais, de fundo emotivo, para persuadir o receptor da mensagem mais pelo campo da subjetividade do que pelo da objetividade da informação, (responsável pela massificação da subjetividade), esse recurso é muito aproveitado pela publicidade que utiliza a técnica de associar valores sociais ao produto anunciado.


A organização da linguagem direciona o comportamento das pessoas, forma opiniões, desenvolve interesses, influencia no consumo, direciona em seus discursos. Mas como? Oferecendo um objeto de desejo imaginário que se concretiza no produto anunciado? A artimanha utilizada para persuadir trabalha não só com a criação de desejos ou sofisticação, mas também com a construção lingüística da mensagem, utilizando conteúdos ideacionais e crenças que procuram alterar o campo cognitivo das pessoas.
No filme, um jovem pede um canudo para tomar o refrigerante, em seguida seu amigo pergunta se ele namora com canudinho e compara a garrafa de coca-cola com uma garota, sua criação lingüística influenciou o jovem a desistir de tomar o refrigerante com canudinho. Essa cena leva a uma reflexão sobre o papel do comunicador social como construtor de ilhas, ou de atitudes. Muitas pessoas são vulneráveis as sugestões da mídia, a vêem como referencia. Mesmo não tendo controle absoluto de nossa subjetividade, a mídia possui a capacidade de determinar certas atitudes ou opiniões através de um processo de convencimento que usa a linguagem como principal instrumento.


Acredito que a ilha não a da ficção, mas a do mundo real seria um conglomerado de consumidores altamente compulsivos e insatisfeitos, querendo cada vez mais, pois o consumo nem sempre proporciona alegria por um longo período. Daí vem a questão do pós-consumo. Será que aquele produto proporcionou o prazer que o consumidor pensou que iria ter? A publicidade sempre apresenta um mundo perfeito associado ao produto e procura produzir uma verossimilhança com a realidade para que as pessoas não se distanciem desse mundo apresentado e que pode ser alcançado. É nesse momento que um novo desejo de consumo nasce, que uma nova ilha é formada.

A vida e os ideais


Arte, política e estética em “The Interpret”


O filme A interprete, conta a historia da poliglota Silva Broom (Nicole Kidman), uma interprete das nações unidas que após ouvir uma ameaça de atentado durante a Assembléia das Nações Unidas contra um presidente de Motumbo, tem sua vida completamente transformada. Passa a receber proteção de um agente federal Tobin Keller (Sean Penn) que desconfiado dela tenta descobrir seu passado e à medida que vai fazendo suas descobertas, aumentam sua suspeita de que a intérprete esteja envolvida na conspiração. A produção do filme, que aborda temas como globalização, terrorismo, diplomacia, perigos da má interpretação e a ONU, teve acesso total a quase todo o prédio das Nações Unidas por quase cinco meses, com a única restrição de que as filmagens fossem realizadas após o expediente e nos fins de semana.


A cena inicial do filme mostra um território abandonado, totalmente entregue ao descaso, onde uma criança em um campo de futebol mata dois personagens do filme onde um deles seria o irmão da protagonista. A cena termina mostrando uma transformação artística e bastante semiotizada de uma bola esquecida no canto da trave feita de pano e contornada de redes e umas manchas vermelhas como sangue, que após se transformar em um globo terrestre , inicia-se a cena da sede da ONU, onde de ouve várias vozes, em diversos idiomas.


A bola esquecida, no canto da trave em um campo de futebol proporcionou um momento de reflexão ao filme, revelou prazer de ser criança esquecido. As redes da bola, seria a prisão que impede os seres humanos de serem pessoas melhores e mais felizes. As manchas vermelhas, o sangue inocente derramado e as marcas da violência. O globo terrestre, a representação do mundo com todos esses problemas. A sede da ONU, uma saída para a promoção da paz e de melhores condições de vida para as pessoas. O Sonho de um futuro melhor para a humanidade.


O contraste gritante entre a cidade de Nova York e um território africano, mostrado na cena inicial do filme deixa claro as diferenças que há entre paises desenvolvidos e subdesenvolvidos. O descaso das autoridades, e os efeitos negativos da era pós-moderna/globalização que transforma pessoas em seres pouco afetuosos e extremamente apáticos às situações deploráveis que envolvem pessoas a quem não possuem vínculo algum. Até mesmo a ingenuidade das crianças são afetadas, e transformadas, (Como retrata uma das cenas do filme), fazendo-as agirem como pessoas cruéis e impiedosas capazes de tirarem a vida de outras pessoas, sem demonstrarem nenhum remorso por isso. Não obstante, o trabalho realizado na sede da ONU, o objetivo de promover a paz mundial é um outro lado mostrado no filme. Revela a estética da diplomacia, da habilidade no trato com as pessoas, da polidez dos diplomatas e do respeito.


A arte é a manifestação plena do espírito, da inteligência, da racionalidade codificada, da visão individual de mundo. É capacidade de compreender o mundo biótico e abiótico, o que é concreto e o que abstrato, a simplicidade e a complexidade, o ódio e o amor. É a sublimação do ser humano atingindo o clímax do que se pode denominar expressão do sentimento, fruição ou ainda manifestação de seus anseios ocultos, misteriosos ou revelação do eu, do pensamento ou da emoção, da sensibilidade diante do tudo ou do nada. A arte é um caminho abstrato por onde os sentimentos passeiam ou correm. Passeiam quando se esta inebriada de emoção, numa instigante busca pela mais bela expressão daquilo que almeja, e correm quando se está saturado de razão, tentando da maneira mais pratica possível desvendar e compreender o que há de mais complexo no mundo real, buscando entender não só o mundo material em si, mas também mundo das idéias.


Com certeza há nos sonhos das Organizações das Nações Unidas, uma boa quantidade dessa arte, capaz de embelezar ainda mais esse sonho e estetizar a paz e não a guerra, através de uma política mais segura e digna. A arte está em tudo e em todos. Não se pode estranhar o conceito de política como a arte de governar bem e com sabedoria. Ela estabelece ao homem enquanto ser social, um sistema de organização que elabora as melhores estratégias possíveis para uma maior qualidade de sobrevivência social, mas que infelizmente não é garantida para todos, devido a uma serie de falhas administrativas que se encontra em suas organizações.
Há um confronto entre o homem e o seu destino. A interprete possuía um passado que apesar de não criminoso, a prejudicou, por causa das suspeitas que o agente começou a ter dela no atentado, após descobrir o que ela omitia. Seu sonho sempre foi trabalhar na ONU. Um ideal ou um interesse em particular? Suas escolhas fizeram de seu destino um pesadelo por algum tempo, até que a verdade fosse desvendada.


A política percebe que o homem além de ser social é também um ser individual (indivíduo) e, independente das leis que lhe são impostas e que são cumpridas ou não, possui uma autonomia e liberdade para traçar seu feliz ou triste destino, podendo ou não afetar os demais membros da sociedade por causa de suas escolhas. Por esse motivo, além de outros, é que a política na estética de suas ideologias sabe que é incapaz de garantir a estabilidade social, a preservação da paz individual e a plena organização da vida igualitária e coletiva. Pois o homem não controla na maioria das vezes, seus estímulos para a violência bélica e não procura eliminar de suas relações sociais, suas revoltas e seus ressentimentos, que na realidade só se diz respeito a sua própria individualidade, mas que por sentir a necessidade de se expressar e por possuir liberdade de expressão acaba transformando em coletivo um ideal que aparentemente seria apenas seu. Mas que também outras pessoas possuem de maneira semelhante e também o compartilha. Um exemplo de compartilhamento de idéias semelhantes presente no filme são as manifestações da população durante a visita do presidente de Mutombo.


A interprete tinha um ideal, construído ao longo de sua vida e no final ela percebeu que matar Zouany seria uma escolha errada e que afetaria suas ideologias, felizmente ela percebera isso a tempo, com a ajuda do agente virou seu amigo. A estética das ideologias é bem visível no filme, os sonhos, a frase do presidente no inicio do livro que ele escreveu e que significava muito para a protagonista, até mais do que para ele mesmo que havia escrito os objetivos da ONU de promover relações de paz (diplomáticas) entre os paises. No filme há também uma representação de uma estética da guerra que nada mais é do que um ideal construído com utopias e a esperança de uma nova sociedade, de novos homens, de novos sistemas de organização. Mas que nem mesmo por isso torna a guerra bela, como algumas pessoas de maneira inacreditável sempre insistiram em acreditar.

Wednesday, May 30, 2007

NÃO DÊ ESMOLAS - Criança quer futuro

“Um dia frio, um bom lugar para ler um livro” ... e o pensamento viajando bem longe, até encontrar na memória, pessoas que encontrei na rua sentindo mais frio do que poderiam sentir. Ví crianças de ruas, velhinhos abandonados e famílias desabrigadas por causa da chuva.

Normal, infelizmente vemos essas cenas quase todos os dias. Mas um caso em especial chamou minha atenção. Uma garotinha , sem agasalho e com muita fome, que aparentemente a pedido de sua mãe, veio até a mim pedir alguns trocados – como é comum acontecer. Lembro-me bem quando a olhei profundamente, e naqueles olhos passei a sentir um calor que não era proporcionado pelo meu agasalho, e sim pelo olhar cativante daquela garotinha feliz que passava dificuldades, como tantas outras crianças que vivem na rua.

Abrir minha bolsa, e olhando para a a minha direita, avistei um cartaz que dizia: Não dê esmolas. Percebendo que eu havia visto aquele cartaz, a mãe da garotinha que me observava a distância, dirigiu-se a mim com um olhar que congelara meus movimentos. E agora, o que fazer?
Dar esmolas aquela garotinha e contribuir para que sua mãe continue usando-a para conseguir dinheiro sem esforço ? Ou sair imediatamente de onde estava e esquecer aquele olhar que aquecera meu coração? Antes que eu tomasse alguma decisão, a mãe da garotinha aproximou-se rapidamente e a puxou pelas orelhas gritando: Eu já lhe falei para não pedir esmolas menina? Você ver esses trombadinhas na rua pedindo esmola e quer fazer igual? Vai vestir um agasalho que tá fazendo muito frio. E olhando para mim, envergonhada, disse-me. Me desculpe senhorita, essa menina faz tudo o que ver os outros fazerem. E ainda sem ação e sem graça, eu seguí meu caminho. E de longe eu gritei: Senhora, matricule-a numa escolinha de teatro, assim ela terá oportunidade de representar tudo o que vê. Conclusão : Não dê esmolas, dê soluções. Criança quer futuro.
"É o espírito de solidariedade humana que leva alguém a oferecer uma esmola. Entretanto, é importante que você pense nisso: este gesto de amor ao próximo pode estar contribuindo para que o problema aumente. Quem está nas ruas está mais próximo de organizações envolvidas com o tráfico de drogas ou da prostituição infantil. Quem dá esmola não pretende nada disto. Mas muitas vezes, por desconhecer os atendimentos que são ofertados, você acaba contribuindo para que a esmola se transforme em uma verdadeira indústria, atraindo crianças, jovens e adultos para as ruas, expondo essas pessoas aos riscos da violência urbana. "

Saturday, May 05, 2007

Corpo humano: Real e fascinante, ciência ou arte?

É para inovar? É para educar? Então está liberado, afinal, foi argumentado que o belo não é o objeto, mas o resultado da arte, mesmo que este não se conforme a idéia tradicional de beleza. Sinceramente, não sei mais se o que algumas pessoas chamam de arte não passa de uma estética do horror. Nem toda exposição deve ser necessariamente de arte. Talvez a exposição Corpos humanos: real e fascinante, que reúne 16 corpos e 225 órgãos verdadeiros para revelar, em todos os seus aspectos, o funcionamento do corpo humano e seus sistemas, não seja mesmo uma obra estética ou artística, como alguns preferem designar, mas científica, porque na representação do belo, classicamente falando, essa exposição deixa a desejar. Mas pelo bem da estética, Como diz o médico Glover, “a exposição foi projetada apenas para educar e ajudar as pessoas a aprenderem sobre seus corpos, por meio de meticulosa dissecação, preservação e exibição respeitosa de corpos humanos de verdade".

Mas, Se a preservação e a exibição de corpos é respeitosa, não cabe a mim, julgar o trabalho mais científico do que artístico de quem só tem a intenção educar e de divulgar que algum dia ficaremos daquele jeito. Apenas os estudantes e profissionais ligados à área de saúde tinham oportunidade de conhecer o funcionamento do corpo humano e essa exposição não artística, mas sim cientifica e com caráter educativo, proporcionou aos visitantes, não só a oportunidade de conhecer, mas também de pode tocar órgãos internos reais.

Desse modo, a exposição teve uma função psicológica de preparar e educar o público sobre questões relativas à morte e de extrair o medo que muitos têm dela. Afinal, como diz o tema da exposição: a única coisa que o ser humano carrega desde seu nascimento até a sua morte, é o corpo. E por que não conhecermos como ele ficará quando não houver mais a possibilidade de vê-lo? Além disso, a exposição possibilita uma melhor compreensão de como maus hábitos ou doenças podem interferir em seu funcionamento, órgãos saudáveis e não-saudáveis são colocados próximos um ao outro para que seja possível fazer uma comparação. E "é inspiradora ao renovar o exercício do auto-conhecimento e oferecer a chance de compreendermos melhor nossa existência, para reeducar nossos próprios hábitos", lembra, Fernando Alterio, presidente da CIE Brasil.

É real. Pode ser até artístico, mas de fascinante vejo apenas o impressionante funcionamento do corpo humano - que tecnologia nenhuma será capaz de reproduzir com tamanha perfeição - e a completa técnica de polimerização onde os corpos são embalsamados e recebem um agente de preservação que evita a decomposição normal dos tecidos resultando assim em uma espécie absolutamente seca, inodora e resistente à decomposição. E uma reunião de corpos humanos incondicionalmente preservados para exposição.

O corpo humano não deixa de ser uma arte, traços, linhas, cores, formas... É sem dúvida a maior obra-prima da natureza. Mas a impressão eu tenho ao ver aqueles corpos da exposição, é a de que eles estivessem gritando silenciosamente, quero dizer, por dentro. Aqueles corpos pareciam mais rascunhos do que arte final, caracterizando a exposição como big brother dos órgãos. Uma forma de olhar para dentro de nós mesmos e enxergar o quanto somos frágeis.
Ao ver a exposição é comum ter a sensação de estar olhando cadáveres num laboratório de anatomia ou patologia de algum instituto medico legal, ou numa sala de necropsia. Enquanto para uns aquilo é arte ou aula de ciências e para os organizadores são também, ossos do ofício, ou simplesmente mais um parto do pós-moderno?

Os valores estéticos que perpassam o gosto contemporâneo tornaram-se verdadeiras pinturas abstratas. Cada um interpreta a sua maneira o que é ou não arte, o que é ou não belo. O culto ao corpo, agora disputa o espaço com o a sua execração. Com a demonstração de nossa fragilidade e da desarmonia adequada que existe para diferenciar o nosso interior do nosso exterior.

A exposição causou muitas contestações devido a sua localização no campo de encantamento ou de banalização da morte e casou no exterior, discussões a cerca da origem dos cadáveres providenciados pela Escola Universitária de Medicina de Dalian, no norte da China. Houve especulações até hoje não comprovadas, de que os corpos seriam de criminosos executados. Mas os organizadores garantem que os corpos pertenceram a pessoas que tiveram morte natural e que em vida permitiram a doação de seus corpos em pró da ciência e educação.

Exposições como essa , que surpreendem e fascinam, mostra que as pessoas estão cada vez mais preparadas para o inesperado, o inusitado, o insólito, o curioso, o bizarro e todos os outros frutos do pós-moderno que possuem a missão de dar sentido, estrutura, e maiores possibilidades de dilatar a fruição da sensibilidade e da razão humana.

Sunday, March 11, 2007

HOMENAGEM AS MULHERES

As vezes, ser mulher não é fácil. Mas nunca deixa de ser uma honra.
Não é fácil ser mulher antes mesmo de torna-se uma...
São tantas regras, tantas recomendações de como agir, de como se comportar...
Mas, as mulheres, seres inteligentes entendem que, o fato de terem direitos iguais aos homens não significas que não possam ser diferentes.

E são diferentes queiram elas ou não.
Apenas as mulheres sangram todos os meses e não sentem medo de morrer por causa disso. E quando esse ciclo mensal cessa definitivamente, é uma honra. É a mesma honra de quando começou, porque simboliza a experiência e a responsabilidade adquirida ao longo dos anos e a honra de ter o privilégio de poder dar a luz, de ser o portal por onde outros seres humanos chegam ao mundo.

TPM, cólicas, dar a luz... Não são momentos fáceis, mas torna-se uma honra, quando sentem orgulho de sua força, afinal, nenhum homem, (principalmente aqueles que se auto avaliam como muito fortes), suportariam com tanta “naturalidade”passar por todas essas situações.
Não é fácil administrar um lar, a família, educar os filhos e ainda ter tempo para si mesmo e para trabalhar. Mas é uma honra poder ter essa garra, essa coragem e essa dedicação sem deixar de lado a ternura e beleza singular que cada mulher tem.

Deus fez as mulheres diferentes da forma de como fez as rosas, mas como nas rosas, Ele deixou transparecer na mulher, a delicadeza de suas pétalas, a graciosidade de sua forma e o vigor e a robusteza que há em seus espinhos.
Espinhos esses, que começam a surgir, logo nas primeiras dificuldades e lições da vida e que as protege do medo e da vontade de desistir.
Mulheres não gostam de desistir. Quando são autenticas e decididas, são também guerreiras e batalham até o final.

Deus as honra pela sua capacidade de acreditar, de lutar e de amar. Porque as mulheres acreditam na beleza de seus sonhos, lutam pelo que amam e ama tudo que as fazem sentirem-se completas e que as fazem enxergar em cada amanhecer, uma nova fonte de força e de esperança, uma nova oportunidade, uma nova conquista, um novo direito...
Ninguém melhor do que elas merecem tanto, uma data especial para ser homenageadas.

PARABÉNS.
Mulheres guerreiras,
Mulheres rosas,
Mulheres mães,
Mulheres filhas,
Mulheres meninas,
Mulheres trabalhadoras,
Mulheres de fé,
Mulheres de honra...
Enfim, todas as mulheres...

PARABÉNS, PELO NOSSO DIA!!!




Todos os textos são de Andréa Trindade da Silva
Escrito em 09 de março de 2007 a janeiro de 2008